Hoje, 17 de outubro, comemoramos o dia da apicultura – atividade milenar em muitos países ao redor do mundo. Trata-se da criação racional de abelhas tanto para lazer como comercialização do mel e subprodutos.
O Brasil é um grande produtor e exportador de mel, um dos mais saudáveis e ecológicos alimentos disponíveis para consumo humano. O setor angariou mais de R$ 470 milhões em 2016. E, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), exportou mais de 24 mil toneladas naquele ano. Mas é possível crescer mais ainda, e o potencial de agregar valor ao produto é imenso. Para se ter ideia, o mel in naturachega a render US$ 4 por kg. Já o própolis verde, possível de ser produzido apenas no Brasil, pois é feito a partir do alecrim-do-campo, chega a ser vendido por US$ 100 o kg.
E com todo o potencial brasileiro e os vários sabores do mel – de acordo com cada diferente planta ou florada –, este é também um grande aliado em algo em que os brasileiros também mandam muito bem: a vasta gastronomia de norte a sul do País. Em primeiro lugar, é preciso mudar a cultura. Enquanto na Europa o mel é considerado um rico alimento, o brasileiro acaba utilizando o produto mais como medicamento. Assim, o consumo além-mar fica em 1,5 kg por pessoa ao ano, aqui não passa de 100 g per capita.
Mas já começa a aparecer o “mel gourmet”. Em Minas Gerais, por exemplo, um dos grandes produtores nacionais, chefs já utilizam e divulgam pratos com utilização de mel de assa-peixe, eucalipto e aroeira. No Rio Grande do Sul, já está ficando famoso o mel branco de Cambará do Sul, feito a partir da florada da árvore carne-de-vaca.
Para os apreciadores da arte gastronômica, o mel é um curinga, ele substitui o açúcar e pode até ser utilizado para engrossar caldos e caramelizar. Nos doces, vai bem, mas também dá um toque especial em pratos salgados, trazendo aquele tom agridoce tão apreciado e se combinando muito bem com especiarias.
Enfim, é um produto que, além de ser sustentável e manter vivas as grandes polinizadoras de todo tipo de alimento – as nossas parceiras abelhas –, ainda tem grande potencial de criação nas cozinhas, estejam estas em casa, estejam em restaurantes de renome.
Fonte: Sebrae RS – Fabiano Nichele
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