A paralisação dos caminheiros autônomos pode afetar o funcionamento do restaurante Madero. A afirmação é do presidente da rede, Júnior Durski. “Ainda estamos vivos. Para hoje e amanhã estamos fazendo o reposicionamento de produtos dentro da mesma cidade e garantindo a abertura das lojas, mas a partir de sábado não teremos mais estoque”, diz o executivo.
A rede tem 131 lojas em 17 estados, 5.200 funcionários e fatura entre 3 milhões de reais e 4 milhões de reais por dia. “Vão faltar produtos, principalmente para os sanduíches, que representam 70% das nossas vendas.”
O desabastecimento é reflexo do protesto dos caminhoneiros iniciado na segunda-feira contra a redução no preço do óleo diesel. A Petrobras anunciou ontem que vai diminuir 10% o valor do combustível por 10 dias e está em tramitação no Congresso Nacional um projeto que prevê a isenção de PIS/Cofins e Cide do diesel. Setor disse que só encerra as manifestações com publicação no Diário Oficial das isenções.
Desabastecimento geral
Motoristas que precisam abastecer o carro não encontram combustível. Nos postos que ainda vendem, existem filas e os preços foram remarcados. O Procon de Pernambuco autuou postos que vendiam o litro da gasolina por 8,99 reais. Em Brasília, houve quem vendesse a gasolina por 9,99 reais.
Como os caminhões que fazem entregas estão parados nas estradas, os produtos não chegam aos supermercados, feiras, centrais de abastecimento e farmácias. Por conta disso, já ha redes de supermercado restringindo a venda de produtos, caso do Carrefour.
O setor produtivo também enfrenta problema de desabastecimento. Empresas processadores de carne suspenderam a produção porque não recebem insumos nem conseguem despachar a carga produzida. Produtores de leite estão descartando seus produtos. As montadoras também estão sendo prejudicadas pela greve, pois não recebem peças para manter a linha de produção em funcionamento.
Fonte/Créditos: Veja – Gilmara Santos